DO CONTO AO CORDEL E VERBO

Universidade do Estado da Bahia – UNEB
Departamento de Educação – DEDC Campus I
Curso de Pedagogia
Disciplina: Referenciais Teóricos Met. do Ensino de Língua Portuguesa
Docente: Rosemary Lapa
Discentes: Flávia Lucas/Flávia Rayana/ Gigliolla Cruz/ Lariane Menezes

DO CONTO AO CORDEL E VERBO

Publico Alvo: Alunos do 5º Ano do Ensino Fundamental

Tema: Do conto ao cordel

Objetivos:
·         conhecer o gênero cordel;
·         comparar o conto com cordel;
·         Perceber no texto a funcionalidade dos verbos e adjetivos; 
·         produzir um cordel a partir de contos de fadas;
·         conhecer a técnica da xilogravura;
·         organizar um festival de cordéis.

Sequência didática
·         Apresentação  e trabalho com a estrutura do gênero conto, tanto no aspecto formal, quanto estílístico e linguístico.
·         Apresentação e trabalho com a estrutura do gênero cordel, tanto no aspecto formal, quanto estílístico e linguístico.
·         Comparação dos gêneros conto e cordel, notadamente no aspecto formal.
·         Transformação do gênero conto em cordel.
·         Produção dos livros de cordel.
·         Produção artesanal de xilogravuras
·         Exposição dos cordéis. 

MATERIAL: Textos impressos (A Bela e a Fera, Lampião lá do Sertão e a Bela e a Fera em cordel); folhas de papel ofício; bandejas de isopor; tinta guache; lápis; palitos de dente; tesoura; rolinho de espuma para pintura; DVD (cordel “A árvore de dinheiro”); corda.

A Bela e a Fera
 


Adaptado dos contos dos irmãos Grimm


Há muitos anos, em uma terra distante, viviam um mercador e suas
três filhas. A mais jovem era a mais linda e carinhosa, por isso
era chamada de "BELA".
Um dia, o pai teve de viajar para longe a negócios. Reuniu as
suas filhas e disse:
— Não ficarei fora por muito tempo. Quando voltar, trarei
presentes. O que vocês querem? - As irmãs de Bela pediram
presentes caros, enquanto ela permanecia quieta.
O pai se voltou para ela, dizendo:
— E você, Bela, o que quer ganhar?
—uma rosa, querido pai, porque neste país elas não
crescem, respondeu Bela, abraçando-o forte.
O homem partiu, conclui os seus negócios, pôs-se na estrada para
a volta. Tanta era a vontade de abraçar as filhas, que viajou por
muito tempo sem descansar. Estava muito cansado e faminto, quando,
a pouca distância de casa, foi surpreendido, em uma mata, por
furiosa tempestade, que lhe fez perder o caminho.
Desesperado, começou a vagar em busca de uma pousada, quando, de
repente, descobriu ao longe uma luz fraca. Com as forças que lhe
restavam dirigiu-se para aquela última esperança.
Chegou a um magnífico palácio, o qual tinha o portão aberto e
acolhedor. Bateu várias vezes, mas sem resposta. Então, decidiu
entrar para esquentar-se e esperar os donos da casa. O interior,
realmente, era suntuoso, ricamente iluminado e mobiliado de
maneira esquisita.
O velho mercador ficou defronte da lareira para enxugar-se e
percebeu que havia uma mesa para uma pessoa, com comida quente e
vinho delicioso.
Extenuado, sentou-se e começou a devorar tudo. Atraído depois
pela luz que saía de um quarto vizinho, foi para lá, encontrou uma
grande sala com uma cama acolhedora, onde o homem se esticou,
adormecendo logo. De manhã, acordando, encontrou vestimentas
limpas e uma refeição muito farta. Repousado e satisfeito, o pai
de Bela saiu do palácio, perguntando-se espantado por que não
havia encontrado nenhuma pessoa. Perto do portão viu uma roseira
com lindíssimas rosas e se lembrou da promessa feita a Bela. Parou
e colheu a mais perfumada flor. Ouviu, então, atrás de si um
rugido pavoroso e, voltando-se, viu um ser monstruoso que disse:
— É assim que pagas a minha hospitalidade, roubando as
minhas rosas? Para castigar-te, sou obrigado a matar-te!
O mercador jogou-se de joelhos, suplicando-lhe para ao menos
deixá-lo ir abraçar pela última vez as filhas. A fera lhe propôs,
então, uma troca: dentro de uma semana devia voltar ou ele ou uma
de suas filhas em seu lugar.
Apavorado e infeliz, o homem retornou para casa, jogando-se aos
pés das filhas e perguntando-lhes o que devia fazer. Bela
aproximou-se dele e lhe disse:
— Foi por minha causa que incorreste na ira do monstro. É
justo que eu vá...
De nada valeram os protestos do pai, Bela estava decidida.
Passados os sete dias, partiu para o misterioso destino.
Chegada à morada do monstro encontrou tudo como lhe havia
descrito o pai e também não conseguiu encontrar alma viva.
Pôs-se então a visitar o palácio e, qual não foi a sua surpresa,
quando, chegando a uma extraordinária porta, leu ali a inscrição
com caracteres dourados: "Apartamento de Bela".
Entrou e se encontrou em uma grande ala do palácio, luminosa e
esplêndida. Das janelas tinha uma encantadora vista do jardim.
Na hora do almoço, sentiu bater e se aproximou temerosa da porta.
Abriu-a com cautela e se encontrou ante de Fera. Amedrontada,
retornou e fugiu através das salas. Alcançada a última, percebeu
que fora seguida pelo monstro. Sentiu-se perdida e já ia implorar
piedade ao terrível ser, quando este, com um grunhido gentil e
suplicante lhe disse:
— Sei que tenho um aspecto horrível e me desculpo; mas não
sou mau e espero que a minha companhia, um dia, possa ser-te
agradável. Para o momento, queria pedir-te, se podes honrar-me
com tua presença no jantar.
Ainda apavorada, mas um pouco menos temerosa, bela consentiu e ao
fim da tarde compreendeu que a fera não era assim malvada.
Passaram juntos muitas semanas e Bela cada dia se sentia
afeiçoada àquele estranho ser, que sabia revelar-se muito gentil,
culto e educado.
Uma tarde , a Fera levou Bela à parte e, timidamente, lhe disse:
— Desde quando estás aqui a minha vida mudou. Descobri que
me apaixonei por ti. Bela, queres casar-te comigo?
A moça, pega de surpresa, não soube o que responder e, para
ganhar tempo, disse:
— Para tomar uma decisão tão importante, quero pedir
conselhos a meu pai que não vejo há muito tempo!
A Fera pensou um pouco, mas tanto era o amor que tinha por ela
que, ao final, a deixou ir, fazendo-se prometer que após sete dias
voltaria.
Quando o pai viu Bela voltar, não acreditou nos próprios olhos,
pois a imaginava já devorada pelo monstro. Pulou-lhe ao pescoço e
a cobriu de beijos. Depois começaram a contar-se tudo que
acontecera e os dias passaram tão velozes que Bela não percebeu
que já haviam transcorridos bem mais de sete.
Uma noite, em sonhos, pensou ver a Fera morta perto da roseira.
Lembrou-se da promessa e correu desesperadamente ao palácio.
Perto da roseira encontrou a Fera que morria.
Então, Bela a abraçou forte, dizendo:
— Oh! Eu te suplico: não morras! Acreditava ter por ti só
uma grande estima, mas como sofro, percebo que te amo.
Com aquelas palavras a Fera abriu os olhos e soltou um sorriso
radioso e diante de grande espanto de Bela começou a
transformar-se em um esplêndido jovem, o qual a olhou comovido e            
disse:
— Um malvado encantamento me havia preso naquele corpo
monstruoso. Somente fazendo uma moça apaixonar-se podia vencê-lo e
tu és a escolhida. Queres casar-te comigo agora?
Bela não fez repetir o pedido e a partir de então viveram felizes
e apaixonados.


Aula 1

Atividade 1: Conversando sobre o conto

Quem sabe o que é um conto? Ouvir e considerar as respostas dos estudantes e, caso seja necessário, acrescentar as informações abaixo;

É uma obra de ficção que cria um universo de seres e acontecimentos, de fantasia ou imaginação. Como todos os textos de ficção, o conto apresenta um narrador, personagens, ponto de vista e enredo.

A leitura do conto A bela e a Fera será feita pelos alunos, ou seja, um assumirá o papel de narrador e os outros, os personagens.

Quem escreveu este conto?
Vamos conhecer um pouquinho desse autor?
Quais as características dos personagens principais?

Nessa versão, o mercador, pai de Bela tem três filha, vocês já ouviram outras versões em que ele tivesse menos filhas? Quantas eram?

Mesmo com boas intenções, o pai da Bela tomou uma atitude correta ao colher a rosa do jardim da Fera? (levá-los a compreender, durante o diálogo que o pai da Bela tirou algo que não lhe pertencia, sem pedir ao dono) Qual seria atitude correta a ser tomada?

A Fera, mesmo com razão, porque o pai da Bela tirou algo de seu jardim sem lhe pedir, tomou uma atitude justa? Era necessário prendê-lo por isso? O que você faria se fosse a Fera?

E com relação à atitude da Bela? Ela fez certo em tomar o lugar do pai, tomando a punição por algo que seu pai havia feito?

Se você fosse a Fera, aceitaria o que a Bela fez?

Note que as palavras Fera e Bela sempre aparecem no texto com inicial maiúscula. Por que isso acontece?

Ler o texto novamente perguntando:
·         Se eles encontraram alguma palavra desconhecida no texto.
·         Já leram algum texto como esse anteriormente? (o mesmo gênero)
·         Em que espaço ocorre a narrativa?
·         Em qual tempo ocorre a narrativa?
·         O que aproxima Bela de Fera?
·         Qual o momento de maior tensão na narrativa?
·         Existe a caracterização das personagens nessa história? Como é? Dê exemplos.
·         Por que a caracterização ocorre dessa forma? Levante hipóteses.

Atividade 2:

Atividade individual:

Fazer um levantamento prévio sobre o que os alunos sabem sobre verbo, após ouvir tudo o que eles disserem, pedir que observemos verbos no texto A Bela e a Fera, chamando atenção para as características dos verbos (indicam tempo, situação de ação, estado ou fenômeno da natureza, sempre concordam com o substantivo),na sequência , questionar: Em que momento eles dão ideia de passado e quando dão ideia de presente? Por que, possivelmente isso acontece? Em algum momento é possível perceber no tempo uma ação que ocorra no futuro?

Trabalhar períodos do texto para mostrar a diferença entre passado (perfeito e imperfeito) e presente.

       Sei que tenho um aspecto horrível e me desculpo; mas não sou mau e espero que a minha companhia, um dia, possa ser-te
agradável. Para o momento, queria pedir-te, se podes honrar-me
com tua presença no jantar.
Perto do portão viu uma roseira com lindíssimas rosas e se lembrou da promessa feita a Bela.

ü  Os verbos no passado dão sempre a mesma ideia?
ü  Nesses trechos, os verbos dão ideia de passado, mas as ações no passado se comportam da mesma maneira?

Oh! Eu te suplico: não morras! Acreditava ter por ti só uma grande estima, mas como sofro, percebo que te amo.

ü  Os verbos no presente dão sempre a mesma ideia?
ü  Nesse trecho, os verbos dão ideia de presente, mas as ações no presente se comportam da mesma maneira? (Sim. Sempre a mesma ideia! A frase “não morras” está no modo imperativo, enquanto os outros verbos estão no indicativo)

Em seguida:

Construir em conjunto com a turma uma definição para essa classe gramatical e seus tempos verbais. 

Montar no quadro, a tabela cujas colunas devem ser os tempos que apareceram predominantemente no texto trabalhado. 
Após todos os verbos estarem na tabela, é hora de treinar sua flexão, mantendo a pessoa verbal.

PRESENTE
PASSADO
Quero, sofro, percebo, suplico.
Queria, sofria, percebia, supliquei.
Vivo, é, há, muda.
Vivia, era, havia, mudou.

Pedir que os alunos façam a reescrita do texto com um final  que eles acharem mais adequado, interessante para depois entre si trocarem e cada um poder ver a reescrita do outro.

Aula 2
Atividade 1
Fazer um levantamento do conhecimento prévio dos alunos sobre o gênero cordel com as seguintes perguntas:
1.      Você já ouviu falar em Cordel?
2.      Se já ouviu falar, o que sabe sobre o assunto?
3.      Levar cordéis para a sala de aula para que os alunos leiam.

Atividade 2
Levar os alunos para o laboratório de informática e pedir que em dupla façam uma pesquisa com as seguintes questões:
              §     Quando surgiu o Cordel?(Local, contexto, etc.).
§     Qual sua importância em nossa cultura?
§     Quais são os assuntos presentes nos cordéis?
§     Quais são suas características?
§     Como é chamado modo como se fazem os textos imagéticos presentes nos cordéis? Qual sua importância para os cordéis?
§     Como as xilogravuras são feitas?
Os alunos deverão anotar nos cadernos as informações encontradas durante as buscas e, caso encontrem alguma outra informação relevante além das indicadas, também poderão anotar e trazer para a aula seguinte.
Para as buscas deverão principalmente acessar os sites indicados abaixo ou acessar o Google e pesquisar a palavra “cordel” ou “literatura de cordel”, onde encontrarão diversos sites:

 o   http://www.significados.com.br/cordel/;
 o   http://www.cecordel.com.br/infantis.html;
 o   http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/como-surgiu-literatura-cordel-683552.shtml;
 o   http://www.carnaxe.com.br/cronicas/literaturadecordel_comoe_comofazer.htm. 

AULA 3

     Atividade 1
Em sala de aula, conversar com os alunos sobre pesquisa feita por eles, ressaltando a importância do cordel na cultura popular. Nesse momento, todos os alunos exporão oralmente as questões pesquisadas, emitindo suas opiniões sobre a literatura de cordel (se gostaram ou não).
ü  Durante a conversa com os alunos, caso seja necessário, contar para a turma sobre a origem do cordel, o porquê do nome, seu desenvolvimento no Brasil, o preconceito que pesou sobre o gênero no passado, sua valorização nos dias de hoje, etc.
Atividade 2
ü  Juntamente com os alunos e a partir das informações obtidas por eles com a pesquisa, construir um quadro contendo as principais características do gênero e que  serão utilizadas posteriormente por eles na produção de seus cordéis . No quadro deverá conter as características essenciais de cordel: a estrutura (sextilha, setilha, oitava, decima); as rimas; texto imagético (contextualizado) e a forma de exposição (pendurados em cordas). Aproveitaremos esta atividade para retomar a estrutura do conto e fazer comparação, ressaltando os pontos convergentes.

AULA 4













“Bem no meio da Caantiga
E não falo do “fedô”!
Pois entendam que esse nome
(Seu menino, seu “dotô”)
é dado à vegetação
que cresce lá no Sertão
onde a história se “passô”

E foi em Serra Talhada
Num canto desse Sertão
Que nasceu um cangaceiro
O seu nome: Lampião
Para uns muito malvado
Para outros um irmão

Ele era muito brabo
Tinha muita atitude
Alguns dizem, hoje em dia
Que ele era o Robin Hood
Roubava do povo rico
Dava a quem só tinha um tico
De dinheiro e de saúde

Ou talvez fosse um pirata
Mas não navegava não
Ele tinha um olho só
Também era Capitão
Comandava o seu bando
Com muita satisfação

O cabra era tão raivoso
Que se um pedacinho entrava
De comida entre os dentes
E muito lhe incomodava
Ele pegava um facão
E fazia uma extração
Que nem o dente sobrava!

E esse homem tão temido
Também tinha sentimento!
Um dia se apaixonou
E pediu em casamento
A tal Maria Bonita
Que lhe deu consentimento

Ela também era braba
E andava no seu bando
Demonstrou que a mulher
Também tem força lutando
e seguiu o seu marido
mundo afora, caminhando

Entre uma batalha e outra
Lampião se divertia
Gostava duma sanfona
E dançava com Maria
Seu bando fazia festa
Até o raiar do dia

Ele dançava forró
Xaxado e também baião
Gostava era das cantigas
Das noites de São João

Numa noite de Luar
Bem cansado de fugir
Da polícia que jamais
Cansou de lhe perseguir
Lampião olhou pro céu
Cantou antes de dormir:

“Olha por Céu meu Amor.
Vê como ele está lindo…
Olha pra aquele balão multicor
Que lá no céu vai sumindo…”

E assim adormeceu
Junto da sua Maria
A polícia os encontrou
Logo cedo no outro dia

Foi cantando uma cantiga
Sobre o céu do seu rincão
Que se despediu da vida
O temido Lampião
Que faz parte da história
e hoje vive na memória
de quem é da região

E é cantando esta canção
que eu encerro a poesia
de uma história que falou
de tristeza e alegria
vamos continuar no xote
me despeço com o mote:
Adeus, até outro dia.


Atividade 1:

Levantar os seguintes questionamentos/ debate:

ü Vocês conhecem a historia de Lampião e Maria Bonita?
ü Como a autora apresenta Lampião e Maria Bonita?
ü Para o povo, conforme a autora, o que eles faziam era errado?
ü  O que você acha das atitudes deles?
ü  Eles teriam outras formas para fazer o bem sem serem perseguidos pela policía? Quais?
ü Este cordel apresenta algumas palavras que mostram a forma como algumas pessoas falam (variações linguísticas), quais delas vocês conseguiram identificar?  (fedô, dotô, passo, brabo...)
ü Que outro final você daria para este cordel?

  Na estrofe abaixo, podemos perceber como as pessoas achavam que Lampião era:
       
        E foi em Serra Talhada
          Num canto desse Sertão
              Que nasceu um cangaceiro
        O seu nome: Lampião
           Para uns muito malvado
        Para outros um irmão

ü Releiam o texto buscando nele algumas pistas sobre como eram Lampião e Maria Bonita.
ü Quais outras características vocês dariam aos personagens?

v Solicitar que os alunos reescrevam o texto suprimindo as palavras que caracterizam os personagens, de forma que percebam a funcionalidade dos adjetivos no texto, depois refletiremos sobre:

ü Quais diferenças vocês perceberam entre os dois textos?
ü Qual a importância dos adjetivos para o funcionamento do texto?

Aula 5

Transformando cordel em conto

Atividade 1

ü  Fazer uma rápida revisão do que é conto e cordel com os alunos.
ü  Explicar para eles que nós podemos transformar um gênero textual em outro.
ü  Explicar para eles que às vezes uma história pode ter diferentes finais.
ü  Mostrar para eles a história da Bela e a Fera contada em Cordel.


A Bela e a Fera em cordel
(autoria própria do grupo)

Aconticeu lá na França


Qui é longe de vredadi
Tinha um comeciante
Qui vivia fazeno viagi
Até que um belo dia
Uma linda rosa ele viu
E foi ai que a confusão começou viu?     

 Nosso amigo comeciante
Tinha uma fia muito amada
Seu nomi era Bela
Dorce, meiga e muito cobiçada
Mas a linda rosa tinha dono
E ele ficô muito brabo, fazeno do comeciante
seu mais novo escravo

“Predão sinhô era pra minha fia”
O comeciante lhe falô,
“Mas me dexe dizer adeus a Bela, ela é
tudo o qui mim restô”
Quando foi se dispedir, contô o que aconticeu
E sua fia de seu pai
Logo se compadiceu
Meu pai vô no seu lugar” e assim aconticeu.



E tinha tombém o Gaston
Que era muito apaixonado
Mas a menina Bela
Não lhe dava papo furado
Tinha muito nojo dele
Que se achava o bonzão

Os dias foram passando
E a Bela conhicendo
Mais do castelo e de seus serventes
Que tentavam lhe agradá
Pois sabiam que somenti a Bela podia
Já que lhe amoliceu o coração
Quebrar o feitiço da Fera e de seus empregados

E a fera mal humorada
Descobriu o sentirmento
Ele estava apaixonardo
E pra ele isso era um tormento
Porque era a Fera
E a dama uma simplismente Bela

No começo foi estranho
Muita briga e confusão,
Mas depois se entenderam
E a Bela precebeu
Que dentro daquela capa feia
Tinha um lindo sentirmento

Mas um belo dia
O pai da nossa Bela
Disse para todos que
Ela era prisiorneira da fera
Pouca gente acreditô
Mas foi aí que Gastão pensô....

“A Bela estando em perigo,
Se eu lhe sarvar
Ela vai me aceitar como marido...”
E então amedrontou muita gente da cidade

A fera precebeu que a Bela andava triste
E a deixô partir para que seu pai ela virsse
Mas antes de sair ela lhe fez uma promessa
“volto em algumas horas” E saiu sorrindo depressa
Se tivesse prestardo atenção teria visto que surgia
Uma grande lágrima no rosto de sua Fera

Ah que filicidadi,
Quando a Bela viu seu pai
Muitos abraços pra martá a sardade
E a Bela logo soube que Gastão planejava uma mardade

Quando seu pai lhe contô
Pro castelo da Fera a Bela logo correu
Queria salvar seu amigo

Daquele povo que não lhe compreendeu
Quando a Bela chegou o castelo tinha sido tomado..


Atividade 2

ü  Perguntar para as crianças se elas sentiram diferença entre a história em forma de conto e em forma de cordel.
ü  Mostrar no quadro construído com as estruturas do conto e para que as crianças semelhanças e diferenças.
ü  Pedir para que as crianças identifiquem os “erros ortográficos” e juntamente com eles fazer uma reescrita do texto.
ü  Pedir para que as crianças, por escrito, deem um final para o cordel.

Aula 6

ü  Perguntar o que as crianças lembram da aula passada.
ü  Pedir que as crianças, em grupos de quatro, transformem um conto que gostem em cordel (serão disponibilizados os contos que eles escolherem e várias versões de cordéis para que eles possam tomar como exemplo).
ü  Pedir que fiquem em círculo e depois leiam seus cordéis para os outros colegas.

Aula 7

Com os textos dos cordéis prontos, inicia-se o processo de confecção dos livros.

·         Cada grupo deverá fazer uma produção de texto imagético que dialogue com o texto escrito estes serão transformados em xilogravura (iso-gravura)  e servirão como capa para os livros.

·         Confecção das xilogravuras: Os alunos deverão recortar as abas de bandejas de isopor ( de frios de supermercados). Poderão desenhar ou decalcar os desenhos já feitos no papel sobre as bases das bandejas(este processo formará sulcos no isopor). Em seguida com a ponta do lápis ou de um palito deverão aumentar o sulcos, porém sem furar o isopor. Após o término do desenho deverão passar a tinta no isopor com um rolinho de espuma para pintura e depois pressionar o desenho sobre o papel. Podendo usar um rolo de macarrão ou uma garrafa e passar por cima do molde para imprimir melhor do desenho no papel.
ü  Confeccionar os livrinhos de cordel.

Culminância:

ü  Como culminância será realizada uma exposição dos cordéis na qual os alunos apresentarão para as outras turmas seus trabalhos.

Referências:

A árvore de dinheiro. Disponível em:  https://www.youtube. com/watch?v=2p7g MAPwcaU&index=1&list=PLTCoz 05H11m JeOyUMSD98vwYESvDMCYOD. Acesso:10/06/14.
Cordel Lampião lá no sertão. Disponível em: marianebigio.com/2014/05/08/lampiao-la-do-sertao/ Acesso:10/06/14.


2 comentários: