FÁBULAS E TEMPOS VERBAIS

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO- CAMPUS I
CURSO DE PEDAGOGIA- 7° SEMESTRE
REFERENCIAL TEÓRICO- METODOLÓGICO DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA
DOCENTE: ROSEMARY LAPA
DISCENTES: DEINA CRISTINA P. DE SOUZA; IURI GOMES; KÁTIA RIBEIRO LIMA.




FÁBULAS E TEMPOS VERBAIS


GÊNERO TEXTUAL - Fábula

PÚBLICO ALVO: Alunos do 5º Ano do Ensino Fundamental

TEMPO DE DURAÇÃO: 5 Aulas


OBJETIVO GERAL

    Contribuir para a apropriação das diversas formas de circulação social do gênero textual Fábulas, possibilitando-lhes fazer uso efetivo da leitura e da escrita como forma de se inserir no contexto social em que vivem.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

    Identificar elementos que constroem a narrativa;
    Refletir sobre sua função social, suas características linguístico-discursivas e seu conteúdo temático;
    Estabelecer relações lógico discursivas presentes no texto;
    Observar a coerência global do texto na atividade ao escrever a fábula;
    Conhecer e estudar os provérbios;
    Reconhecer o uso dos tempos verbais no texto;
    Analisar os usos dos tempos verbais: pretérito perfeito e o pretérito imperfeito;
    Fazer interpretação de ilustrações;



CONTEÚDOS:

    Gênero textual Fábula
    Leitura
    Produção de Texto
    Linguagem Oral
    Provérbios
    Tempos Verbais do Passado: Pretérito perfeito e Pretérito Imperfeito;


DESENVOLVIMENTO



AULA I- Relembrando e reconhecendo o Gênero Fábula

No primeiro momento, iremos trabalhar com os conhecimentos prévios da turma sobre o gênero Fábula, trazendo questões problematizadoras como:
-Que histórias vocês já ouviram em sua comunidade e na escola na qual aparecem animais, plantas ou objetos como personagens que falam e agem como nós seres humanos?
- Vocês sabem o que são Fábulas?
-Quais são as características de uma Fábula?
- Que Fábulas vocês já leram?
A partir das considerações apresentadas pelos alunos, narre à fábula mais conhecida e lembrada por eles nesse momento de discursão. Em seguida, converse sobre elas: são realmente fábulas? Por quê? O que as fazem pertencer a esse tipo de texto? Construir com os estudantes um quadro com as características da fábula.
Após esse momento, entregue uma tarefa para os alunos sistematizarem o conhecimento que construíram e que aprenderam nessa discussão referente às fábulas.  Antes disso, explique que no final da unidade eles irão construir um livro com uma fábula da autoria deles e que será explicado todo o processo no decorrer da unidade. Lembrando que a definição elaborada na tarefa será inclusa no final do livro.


TAREFA – AULA I


1.    Tente definir, com as informações discutidas, o gênero FÁBULA.

2.    Você já percebeu que uma fábula não é uma narrativa qualquer. Ela apresenta um jeito bem próprio de ser escrita. Escreva as características presentes em uma Fábula, conforme o que construímos juntos na sala.



AULA II – Reconhecendo e diferenciando o gênero Fábula de outros gêneros textuais.

Nesta aula, os alunos irão perceber e diferenciar as características e estrutura do gênero fábula através de outros gêneros textuais.  Entregue aos alunos uma cópia de trechos com textos diversos e peça para que eles procurem localizar os que são fábulas, e em seguida descrever as diferenças entre os textos apresentados. Após esse momento e, a partir das considerações feitas pelos alunos, explique as diferenças perguntando também as características dos outros textos. Com base nas características levantadas sobre o gênero fábula, peça que os alunos justifiquem sua escolha como não sendo fábula o texto.




TAREFA- AULA II


Texto I

O ataque de um cão pit bull quase matou um menino de seis anos em Campinas- SP ontem.. Segundo a Polícia Civil, não há informações sobre o que provocou o ataque do animal. A ocorrência foi registrada na delegacia do município. O cão foi levado para canil do Centro de Controle de Zoonoses do município.



Texto II

A Raposa e a Cegonha


A raposa e a cegonha mantinham boas relações e pareciam ser amigas sinceras. Certo dia, a raposa convidou a cegonha para jantar e, por brincadeira, botou na mesa apenas um prato raso contendo um pouco de sopa. Para ela, foi tudo muito fácil, mas a cegonha pode apenas molhar a ponta do bico e saiu dali com muita fome.

- Sinto muito, disse a raposa, parece que você não gostou da sopa.

- Não pense nisso, respondeu a cegonha. Espero que, em retribuição a esta visita, você venha em breve jantar comigo.

No dia seguinte, a raposa foi pagar a visita. Quando sentaram à mesa, o que havia para o jantar estava contido num jarro alto, de pescoço comprido e boca estreita, no qual a raposa não podia introduzir o focinho. Tudo o que ela conseguiu foi lamber a parte externa do jarro.
- Não pedirei desculpas pelo jantar, disse a cegonha, assim você sente no próprio estômago o que senti ontem.


Moral: (Quem com ferro fere, com ferro será ferido)


                          Esopo.

Texto III
Borboletas
Brancas
Azuis
Amarelas
E pretas
Brincam
Na luz
As belas
Borboletas

Borboletas brancas
São alegres e francas.

Borboletas azuis
Gostam muito de luz.

As amarelinhas
São tão bonitinhas!

E as pretas, então…
Oh, que escuridão!
                            Vinicius de Moraes


AULA III – Estudando os provérbios

Nesta aula, os alunos vão conhecer o que são provérbios, compreendendo os variados sentidos que um mesmo provérbio pode ter e contextualizar a utilização do mesmo no cotiando. Para iniciar a aula, apresente para a turma a fábula “O Leão e o Ratinho”. Após a leitura da fábula, aproveite o momento para explorar o que os alunos aprenderam sobre fábulas e suas características. Possibilite um diálogo sobre o que os alunos entenderam sobre o texto e a moral da fábula.
Faça as seguintes perguntas para proporcionar uma reflexão nos alunos.
·         Quais características nesse texto comprova que se trata de uma Fábula?
·         O Leão estava certo em pensar que o ratinho não podia ajudá-lo? Por quê?
·         Você acha que o ratinho agiu certo em resolver ajudar o leão? Por quê?
·         Qual seria o motivo do leão ter soltado o ratinho?
·         O que você faria se fosse o ratinho? Justifique
·         E se você fosse o leão, como você agiria desde o ínicio da história?
·         O que a moral da Fábula fala sobre a história?

Em seguida, proponha para a turma que escolham entre os provérbios apresentados, aquele que poderia substituir a moral da história e resguardar o sentido do texto. (Provérbios escritos em recortes de cartolina)
Ex: De grão em grão, a galinha enche o papo.
      Os últimos serão os primeiros.
      Quem ri por ultimo rir melhor.
      O bem se paga com o bem.
      Cada macaco em seu galho.
      Quando a sorte muda, os fortes necessitam dos fracos.

Após a escolha, peça que eles justifiquem a escolha e o sentido do provérbio escolhido e que digam se utilizam no cotidiano. Após esse momento, peça que os alunos, a partir das discussões feitas sobre os provérbios, elaborem uma definição, na qual irão inserir no final do livro.


Tarefa – Aula III


FÁBULA: O leão e o Ratinho

Caía à tarde na selva. E ao longe pelos caminhos, ouvia-se a passarada que regressava a seus ninhos.
Na beira de uma lagoa, os sapos em profusão, cantavam bem ritmados, a sua velha canção. No mais, tudo era silêncio.
No entanto, nesse momento, surgiu um velho leão, a procura de alimento. Andava orgulhosamente, com passos lentos, pesados. E por onde ele passava os bichos apavorados, fugiam para suas tocas, deixando livre o caminho.
Porém, eis que de repente, surgiu um pobre ratinho. O leão não perdeu tempo e assim estendendo a pata, alcançou o pobrezinho que corria pela mata.
- Vejam só, que sorte a minha! Abocanhei-te seu moço. Tu não és lá muito grande, mas já serve para o almoço!
- Tenha piedade senhor!  - Oh, solte-me por favor! Do que lhe serve matar-me! Pois veja bem, se me come, eu sou tão pequenininho, que mal posso matar-lhe a fome.
 - Pensando bem, tens razão! Eu vou soltar-te ratinho. O que ia fazer contigo, assim pequeno, magrinho. Segue em paz o teu passeio. Não vês, sou teu amigo, para mim de nada serves, quase não pode contigo!
- Seu Leão, esse favor, eu jamais esquecerei. Se puder, algum dia, ainda lhe pagarei.
 - Oh! - Pagar-me? Ora! Tu mal aguenta contigo! O que poderias fazer a meu favor, pobre amigo!
- Não sei, não sei majestade, mas prometo-lhe outra vez, algum dia, hei de pagar-lhe, o grande bem que me fez.
E assim dizendo, o ratinho correu e muito feliz entrou no seu buraquinho. E o leão tranquilamente, embrenhou-se na floresta.
Entretanto, de repente. . .
- Vejam meninos, que horror!
O pobre animal caiu na rede de um caçador. E a fera se debatendo de raiva e pavor, urrava!
E quanto mais se esforçava, mais a corda o enlaçava.
Nesse instante, o tal ratinho, que de longe tudo ouvia, chegou perto do leão, que urrando se debatia.
 - Não se aflija meu amigo, aqui estou para salvá-lo. Espere. Fique tranquilo, pois vou tentar libertá-lo. Deixe-me roer a corda que o prendeu... assim...assim... não se mexa por favor, descanse e confie em mim.
E o ratinho foi roendo, roendo insistentemente, até que a corda cedeu e arrebentou finalmente!
- Pronto, estou livre afinal! - Muito obrigado ratinho. O que seria de mim sem tua ajuda, amiguinho!
E o ratinho humildemente, cheio de satisfação, estendeu sua patinha ao grande e velho leão!

- Amigo, não me agradeça, entretanto aprenda bem, não faça pouco dos fracos, confie neles também.
- E o leão compreendeu esta lição acertada!
Mais vale a calma e a prudência à fúria desenfreada
E o leão, aprendeu a lição!

Moral: "Mais vale, a calma e a prudência, à fúria desenfreada."
"Os pequenos amigos podem se revelar seus grandes aliados."

Fábula de Esopo recontada por Jean de La Fontaine
Disponível em: http://www.contandohistoria.com/o_leao_e_o_ratinho.htm




AULA IV - Compreendendo os tempos verbais do passado na fábula

Iremos iniciar esta aula apresentando para os alunos uma imagem da Fábula que será abordada na aula, fazendo uma indagação com o intuito de que eles compreendam e relacionem a imagem ao texto.





                                                         O que vocês veem na ilustração?
                                                 Essa imagem lembra vocês alguma história?
                                             Alguém poderia dizer qual o título desse texto?
                                                        Que gênero textual será esse?



                                                                                                                     
A partir das respostas dos alunos, leia a Fábula: “A Formiga e a Cigarra”.  Em seguida pergunte: Quais as características desse texto?
Na fábula, a formiga diz que está trabalhando e a Cigarra? Ela trabalha também? Justifique (leve-os a refletir que cantar é um trabalho também importante na sociedade)
O que você acha do comportamento das formigas ao final do texto? Se fosse você, como agiria?
                     O que você compreendeu sobre a moral?
                     Essa história acontece no presente, passado ou futuro?
                     Que palavras no texto indicam que a história está no passado?

Em seguida, peça que os alunos sublinhem na Fábula todos os verbos do passado.
Depois de feito isso, peça para que mudem o tempo dos verbos para o futuro, depois de feito, pergunte a eles se os verbos alterados mantém o mesmo sentido da narrativa (provavelmente o texto ficará engraçado). Feito isso, volte à história original pensando se todos os passados dão a mesma ideia de acontecimento. Nesse processo, os alunos vão refletir sobre o valor da ação de cada verbo e se esses envolvem uma atividade iniciada e acabada ou se dura por determinado tempo.
Você pode colocar todos os verbos levantados pelos alunos no quadro e fazer perguntas sobre eles.

EX:
- O Verbo vivia expressa uma ação iniciada e concluída ou apresenta uma duração que se prolonga por um tempo? Peça que os alunos voltem para a fábula e leiam a frase que apresenta esse verbo.
- E no verbo perguntou, ocorre o quê?
Aproveite e faça uma comparação com os verbos. Ex: Vivia e Viveu dá a mesma ideia? Têm o mesmo sentido?  Têm a mesma interpretação no texto?
- Faça essa tarefa com diversos verbos para que os alunos compreendam que os verbos podem ter diferentes sentidos em um texto.

-Pergunte aos alunos que outros verbos aparecem no texto e que não estão no passado. Liste os verbos no quadro e pergunte aos alunos em que tempo verbal os verbos levantados estão.

A partir dessas considerações, fale aos alunos que os verbos estão no passado e que há o passado perfeito e imperfeito. Para eles compreenderem, pergunte o que entendem por perfeito e imperfeito.
Explique que perfeito, na gramática, é algo que inicia e acaba e imperfeito, na gramática, é algo que ainda se prolonga por um tempo. Assim eles conseguirão separar os verbos em passado perfeito e imperfeito.
Peça que coloquem os verbos numa tabela, separando os do passado imperfeito e do passado perfeito.
Lembre aos alunos de inserir a tabela e a definição sobre o Passado perfeito e imperfeito no livreto. 
                                                                                                                 


TEXTO:
A CIGARRA E A FORMIGA

Era uma vez uma cigarra que vivia saltitando e cantando pelo bosque, sem se preocupar com o futuro. Esbarrando numa formiguinha, que carregava uma folha pesada, perguntou: 


- Ei, formiguinha, para que todo esse trabalho? O verão é para gente aproveitar! O verão é para gente se divertir! 

- Não, não, não! Nós, formigas, não temos tempo para diversão. É preciso trabalhar agora para guardar comida para o inverno. 

Durante o verão, a cigarra continuou se divertindo e passeando por todo o bosque. Quando tinha fome, era só pegar uma folha e comer. 

Um belo dia, passou de novo perto da formiguinha carregando outra pesada folha.

A cigarra então aconselhou: 

- Deixa esse trabalho para as outras! Vamos nos divertir. Vamos, formiguinha, vamos cantar! Vamos dançar! 

A formiguinha gostou da sugestão. Ela resolveu ver a vida que a cigarra levava e ficou encantada. Resolveu viver também como sua amiga. 

Mas, no dia seguinte, apareceu a rainha do formigueiro e, ao vê-la se divertindo, olhou feio para ela e ordenou que voltasse ao trabalho. Tinha terminado a vidinha boa. 

A rainha das formigas falou então para a cigarra: 
- Se não mudar de vida, no inverno você há de se arrepender, cigarra! Vai passar fome e frio. 
A cigarra nem ligou, fez uma reverência para rainha e comentou: 
- Hum!! O inverno ainda está longe, querida! 
Para cigarra, o que importava era aproveitar a vida, e aproveitar o hoje, sem pensar no amanhã. Para que construir um abrigo? Para que armazenar alimento? Pura perda de tempo. 
Certo dia o inverno chegou, e a cigarra começou a tiritar de frio. Sentia seu corpo gelado e não tinha o que comer. Desesperada, foi bater na casa da formiga. 
Abrindo a porta, a formiga viu na sua frente a cigarra quase morta de frio. 
Puxou-a para dentro, agasalhou-a e deu-lhe uma sopa bem quente e deliciosa. 
Naquela hora, apareceu a rainha das formigas que disse à cigarra: - No mundo das formigas, todos trabalham e se você quiser ficar conosco, cumpra o seu dever: toque e cante para nós. 
Para cigarra e paras formigas, aquele foi o inverno mais feliz das suas vidas. 


Moral:


Não penses só em divertir-te. Trabalha e pensa no futuro. É melhor estarmos preparados para os dias de necessidade.                                                                                                                 


Adaptação da obra de La Fontaine






AULA V- Escrevendo uma Fábula


Agora que os alunos já conhecem e já sabem sobre as características e estrutura do Gênero Fábulas, explique as etapas que eles irão fazer para escrever um livro de fábula.
Etapas:
1.    Peça para os alunos escolherem um provérbio e, a partir dele, escreverem uma fábula, atentando para as características e conteúdos que devem estar presentes em uma fábula. Nesse momento é importante a mediação do professor para duvidas que apareçam durante a escrita, além da ortografia e coesão do texto.
2.    Após a escrita da Fábula, peça para os alunos relerem e reverem se existe algum erro no texto, se a moral está de acordo com o assunto abordado na fábula.
3.    Entregue aos alunos 1 livreto feito com papel ofício e peça para que eles façam desenhos que se relacione com a sua fábula, reservando espaço para a escrita da mesma.
4.    Após desenhar, colorir os desenhos, peça para os alunos escreverem a fábula no livreto. Não esquecendo de construir uma capa e colocar o seu nome do livreto.
5.    Lembre aos alunos das atividades elaboradas para incluir no final do livro, como: a definição de cada um sobre fábulas, suas características e informações que acharem relevantes e definição de provérbios.

Etapa Final: Apresentação da Fábula
Após a construção da Fábula por todos os alunos, reúna a turma em círculo para que todos possam socializar a sua construção, fazendo a leitura da sua fábula criada. Nesse momento, é importante a interação com a turma a partir do assunto abordado na fábula, para que todos possam entender. Você pode disponibilizar uma caixa onde esses livretos ficarão disonibilizados para leituras individuais e troca com outras salas.


AVALIAÇÃO

A avaliação deverá permear todo o processo de desenvolvimento das atividades, envolvendo todo o processo de construção de atividades, desde a ortografia na escrita, a regulação da produção textual, a atenção a escuta das fábulas, a participação e realização das atividades, incluindo principalmente a sua construção do livro sobre fábulas, atendendo os critérios pedidos em cada etapa. É importante também perceber o envolvimento de cada aluno com a temática, percebendo as dúvidas e as facilidades na aprendizagem. As produções dos alunos são fontes importantes de serem avaliadas, porém não deslocadas do momento de sua produção, por isso, procure sempre perceber o desenvolvimento do aluno a partir das suas dificuldades e facilidades, podendo intervir de acordo com as reais necessidades dos educandos.


REFERÊNCIAS


·         Fábulas de Esopo.  Disponível em: sitededicas.ne10.uol.com.br

·         Fábula O leão e o Ratinho. Disponível em: http://www.contandohistoria.com/o_leao_e_o_ratinho.htm

·         Fábula: A Cigarra e a Formiga Disponível em: http://www.escolovar.org/fabula_1pagina_cigarra.formiga.htm

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