UNIVERSIDADE
DO ESTADO DA BAHIA
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS I
PEDAGOGIA 7º SEMESTRE
REFERENCIAIS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO ENSINO DE LÍNGUA
PORTUGUESA
PROFª ROSEMARY LAPA DE OLIVEIRA
ALUNAS: ANUCHA PRISCO, ELVIRA SALVADOR AMADO E SILVANA
ALFANO
FÁBULA, ORALIDADE, DISCURSO DIRETO E INDIRETO
Tema: Narração oral /
fábulas
Duração: aproximadamente 5
encontros –10 horas/aula
Público-alvo: alunos do 4º ano do
Ensino Fundamental
Objetivos:
·
Desenvolver a oralidade, estimulando a
prática de narrar.
·
Desenvolver a capacidade de compreensão e
interpretação dos alunos.
·
Apresentar o gênero fábulas, sua estrutura,
função e características.
·
Fortalecer o hábito da leitura nos alunos do
Ensino Fundamental.
·
Ampliar o nível do vocabulário desses alunos,
de forma gradual e agradável, corrigindo e melhorando a escrita.
·
Identificar as potencialidades de cada aluno,
diante a
vasta possibilidade de atividades;
· Proporcionar o aprendizado de novas
competências, como a interpretação e o uso de recursos audiovisuais.
· Exercitar
a análise crítica e reflexiva, diante das diversas possibilidades de final da
história.
·
Perceber as diferenças nas falas das
personagens (discurso direto e indireto).
·
Reconhecer
os verbos dissentes nos discursos e as diferenças nos tempos verbais.
·
Observar
como os sinais de pontuação contribuem para a clareza do texto.
·
Identificar
os pronomes e suas funções no texto.
Conteúdo: Narração de fábulas:
personagens, lugar, ação, sequência temporal.
Gênero Textual: Fábulas.
1º e 2º ENCONTRO
Texto-base: O grande congresso dos
ratos
1º Momento: Realizar uma
sensibilização/dinâmica para a integração dos alunos, visando soltar a voz e o
corpo e exercitar uma escuta atenciosa. A professora distribui pedaços de
tecidos para que os alunos vedem os olhos. Explica para os alunos que serão
produzidos sons diversos, com a utilização de objetos variados. Cabe a eles
escutar com atenção para tentar descobrir quais são esses objetos. Falar um de
cada vez. O som será repetido quantas vezes forem necessárias. Utilizar lixas,
latas, caçapas, papéis, apitos e o que mais houver. Após a vivência,
questionar:
·
Para
vocês, o que tem de especial nessa experiência?
·
Houve
alguma dificuldade? Qual?
·
Em
quais momentos da vida, vocês permanecem em silêncio, dando atenção exclusiva à
escuta?
·
Saber
escutar é importante por quê?
2º Momento: Fazer perguntas em
relação à vivência deles com a prática da escuta e da leitura de histórias:
·
Quem
já ouviu histórias?
·
Quem
contou?
·
E
onde? (Identificar a situação e a circunstância dessas narrações).
·
Que
histórias vocês já ouviram ou leram?
·
Vocês
conseguem repetir histórias que vocês ouviram? Já tentaram?
·
Alguém
gostaria de contar uma história que conhece?
·
Caso
ninguém se habilite, contar uma história.
3º Momento: Avisar aos alunos que
irá narrar uma fábula. Narrar a fábula de forma clara, tranquila, com o tom de
voz adequado e boa entonação. “O grande Congresso dos ratos”.
4º Momento: Após o término da narração,
incentivar a exposição de comentários. Ouvir todos os comentários, observando a
recepção e a interpretação. Levantar as características mais marcantes dos
personagens:
·
Já
tinham ouvido essa história ou outra parecida?
·
Alguém
já viveu uma situação semelhante?
·
Alguém
tem outra solução para esse caso?
·
Que
características são mais marcantes no grande lider dos ratos? E nos outros?
·
Que
característica do gato se torna marcante?
Fazer
com que cada colega ouça a solução trazida pelos outros, assim como comentar
cada solução, incentivando a concordância ou não.
5º Momento: após vivenciar a
fábula “O grande congresso dos ratos”, levantar todas as características sobre
o gênero (estrutura, função, personagens/comportamento, conforme as perguntas
disparadoras abaixo ). Caso os alunos não consigam perceber as características
do gênero, por ter sido trabalhada apenas uma história, repetir os
questionamentos em outro momento da sequência. Distribuir uma cópia escrita da
fábula para que cada um faça uma leitura silenciosa. Questionar:
·
Comparando
esse texto com outras leituras que vocês já fizeram, vocês o consideram como
sendo curto ou longo?
·
O
que tem nele que o faz ser considerado assim?
·
Quais
são os personagens da história?
·
O
que tem de especial nesses personagens? Como eles são?
·
Em
relação às atitudes do gato, o que vocês observaram?
·
Em
relação às atitudes dos ratos, o que vocês observaram?
·
Como
você agiria se estivesse nessa situação?
·
Vocês
identificam alguma mensagem nesse texto? Qual?
6º Momento: utilizando os
exemplos do primeiro momento (alguém que contou uma história que lembrava) e do
5º momento (quando a história foi narrada) permitir que os alunos percebam as
diferenças entre as duas possibilidades de apresentar histórias
(contação/narração). Questionar:
·
Qual
a principal diferença entre nosso primeiro momento (quando a historia foi
contada por um aluno) e a nossa experiência com o texto “O grande congresso dos
ratos”?
·
Houve
leitura em que momento?
·
E
como alguém pode contar uma história sem recorrer ao texto escrito? O que faz
essa pessoa?
·
Mais
uma vez, alguém gostaria de tentar contar alguma história?
7º Momento: Após levantar as
diferenças entre narrar e contar, executar para os alunos a animação da fábula
em Power Point. Questionar:
· Quem gosta da história
contada dessa forma?
· Vocês já tinham visto
outras animações? Quais?
· Quem gostou da história
contada dessa forma? Por quê?
· O que tem de novo nessa
forma de contar?
· Vocês imaginavam os
personagens assim?
· Vocês preferem ver os
personagens ou imaginá-los?
· Quem gosta de desenhos
animados?
· Que desenhos animados
vocês conhecem? Quais vocês preferem?
· Quem gostaria de saber
como os desenhos animados são construídos?
· Vocês sabiam que os
desenhos animados podem ser contados de outra forma?
· Executar vídeo de como
se faz desenhos animados.
· Se você tivesse feito a
animação o que você mudaria no vídeo (acrescentaria ou retiraria)?
3º e 4º ENCONTRO
Texto-base: A ratoeira na fazenda
e O grande Congresso dos ratos
1º Momento: Distribuir para cada
aluno, o texto “A Ratoeira na Fazenda” e retomar “O grande congresso dos ratos”
evidenciando que iremos comparar a forma como as falas dos personagens aparecem
no texto. Pedir que alguém inicie a leitura do primeiro texto. Em sequência, a
leitura do segundo texto.
2º Momento: Vocês perceberam alguma
diferença nas falas dos personagens? Observem
que, nos textos, em alguns momentos é o próprio personagem quem fala, em
outros, o autor reproduz a fala da personagem. Vamos ver como isso acontece?
(trazer exemplos dos textos).
Exemplo
1:
A galinha, disse:
-
Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o
senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.
|
Exemplo
2:
Todos
concordaram com a ideia; a todos a medida pareceu excelente... Porém,
surgiu uma única dificuldade: o líder, então, perguntou aos ratos quem iria
amarrar o guizo no pescoço do gato.
|
·
Porque
é o personagem falando, dizemos que o discurso é direto. Quando o narrador fala
pelo personagem, é discurso indireto. Qual dos exemplos é discurso direto? Qual
indireto? Vamos ver o que há de diferente e semelhante em cada um?
·
Hoje,
iremos observar diferenças no tempo verbal entre o discurso direto e indireto, no
entanto, os pronomes, os advérbios mudam, ou melhor, muita coisa muda, só a
mensagem permanece a mesma.
· Quem gostaria de trazer
outro exemplo, a partir dos textos? Anotar os exemplos.
·
Após
a repetição: Como você classificaria esse discurso? Por quê? Abrir para que
outros alunos concordem ou não, sempre justificando as respostas.
3º Momento: Chamar atenção dos
alunos, sublinhando os exemplos no quadro, para o uso ou não dos verbos que
introduzem falas em sequências dialogais, classificando-os como VERBOS
DISSENTES. Retomar os textos, para que os alunos identifiquem a existência ou
não desses verbos.
· Quais os verbos que
vocês identificaram? Listar no quadro.
· Em qual estilo de discurso esses verbos
aparecem?
· Chamar atenção para que
esses verbos que eles identificaram podem aparecer em tempos diferentes. Vocês
lembram quais são? (Passado, presente, futuro)
· Vamos juntos
identificar os tempos dos verbos? Pedir para que eles justifiquem as respostas,
lembrando sempre:
o Indica fato concluído
ou em processo?
o Ou é algo que ainda vai
acontecer?
4º Momento: Atividade. Transformem as falas em estilo direto em estilo
indireto, a partir dos exemplos retirados dos textos. Nesse momento, iremos dar
atenção especial aos verbos destacados:
Um
rato disse:
- Não vou
arriscar a minha pele, não sou
assim tão tolo.
|
-
Desculpe-me Sr. Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar.
Fique tranquilo que o senhor será lembrado
nas minhas preces.
|
·
Sistematizar
as aprendizagem alcançadas, produzindo um resumo com seus alunos e pedindo que
registrem em seus cadernos as conclusões a que chegaram.
TEXTO 1:
O grande
congresso dos ratos
Miciful, gato astuto, havia feito tal
matança entre os ratos, que apenas se via um ou outro: a maior parte jazia
morta. Os poucos que ousavam a sair do seu esconderijo passavam mil apuros:
para aqueles desaventurados, Miciful não era um gato, mas o próprio diabo.
Certa noite, o inimigo dos ratos deu uma
trégua, resolveu passear pelos telhados atrás de uma gata, com a qual ficou
entretido em um longo colóquio; os ratos sobreviventes aproveitaram para se
encontrar num congresso, para discutir a grande questão daquele momento: o que
fazer contra os ataques de Miciful.
O grande líder dos ratos, fazendo jus a
sua posição, opinou antes de todos:
- Por motivo de cautela,julgo ser preciso
prender, sem demora, um guizo no pescoço de Miciful; assim quando ele sair à
caça, todos nós vamos poder ouvir e fugir do perigo!
Todos concordaram com a ideia, a todos a
medida pareceu excelente... porém, surgiu uma única dificuldade: saber quem
iria amarrar o guizo no pescoço do gato. Um rato disse:
- Não vou arriscar a minha pele, não sou
assim tão tolo. O outro disse:
-Pois eu tampouco me atrevo. E assim um a
um os ratos foram desistindo da empreitada e o congresso foi dissolvido.
TEXTO 2:
Um rato, olhando pelo buraco
na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo no tipo
de comida que poderia haver ali. Ao descobrir que era uma ratoeira ficou
aterrorizado. Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa!
A galinha, disse:
- Desculpe-me Sr.
Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me
prejudica em nada, não me incomoda.
O rato foi até o
porco e lhe disse:
- Há uma ratoeira na
casa, uma ratoeira!
- Desculpe-me Sr.
Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar. Fique
tranqüilo que o senhor será lembrado nas minhas preces.
O rato dirigiu-se
então à vaca. Ela lhe disse:
- O que Sr. Rato?
Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!
Então o rato voltou para a casa, cabisbaixo e abatido, para
encarar a ratoeira do fazendeiro. Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de
uma ratoeira pegando sua vítima. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia
pego. No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra
venenosa. E a cobra picou a mulher...
O fazendeiro a levou
imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre. Todo mundo sabe que para
alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha. O fazendeiro
pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal. Como a doença da
mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la. Para alimentá-los o
fazendeiro matou o porco. A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente
veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo
aquele povo.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirAdorei a moral da história.kkkk
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